A Secretaria de Saúde de Birigui informa que no dia 7 de março houve a primeira morte por dengue do ano no município. A vítima foi um idoso de 85 anos, que residia no bairro Monte Líbano. De acordo com a pasta, o homem apresentava outras doenças crônicas, como pneumonia, o que o colocava em grupo de risco.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, o paciente deu entrada no Pronto-Socorro no dia 2 de março com quadro grave de pneumonia e febre. No mesmo dia, o idoso foi encaminhado para a Santa Casa e, após cinco dias internado, ele piorou e foi transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde faleceu. Foi realizada investigação e colhido material para exame de sorologia e o Instituto Adolfo Lutz confirmou resultado positivo para dengue.
“Mesmo que o paciente tenha outros problemas de morbidade, o diagnóstico principal passar a ser dengue, porque ela é considerada uma doença que afeta todos os vasos sanguíneos do corpo humano”, explicou a diretora da Vigilância Epidemiológica, Maria Helena Martins Yazawa.
De acordo com o médico infectologista da Secretaria de Saúde, Igor Barcellos Precinoti, os idosos, grávidas, crianças e pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças pulmonares e hepatites, estão entre o público com maior risco de infecção pela dengue, que pode levar a óbito. “No caso dos idosos, que possuem doenças crônicas, a dengue é um fator complicador por conta da fragilidade, a imunidade do organismo, que é mais sensível”, explicou.
AÇÕES
A secretária de Saúde, Andrea Benvenuta Antonio, salienta que as ações de combate à dengue são ininterruptas e estão sendo intensificadas, com as visitas casa a casa para orientação, bloqueio dos criadouros do mosquito transmissor da doença e nebulização, visitas em imóveis especiais e pontos estratégicos, como ferro velhos e cemitérios, para eliminação de criadouros, além de trabalhos educativos nas escolas, indústrias e entidades.
“90% dos focos dos mosquitos estão nas residências, por isso, pedimos que os moradores nos ajudem e não deixem água acumulada em bebedouros de animais, vasos de plantas, bandeja da geladeira e pneus, e mantenham os quintais limpos, pois até numa folha pode acumular água e tornar-se um criadouro”, observou Andrea. Ela orienta ainda os moradores a procurarem uma das nove UBSs (Unidades Básicas de Saúde) após o surgimento de qualquer sintoma sugestivo da dengue, como febre alta, dor de cabeça, nas articulações, no corpo e por trás dos olhos, vômito ou dor abdominal, para diagnóstico da doença e tratamento adequado.
NÚMEROS
Até o momento, a cidade conta com 324 casos positivos da doença. A última morte em decorrência da dengue em Birigui ocorreu em maio de 2014, quando foram registrados 3.697 casos positivos da doença no ano. “Estamos em situação de alerta, mas realizando o trabalho contínuo de combate à doença, conforme o plano de ação aprovado pelo Estado”, afirmou a secretária.
Devido ao quantitativo de casos, o Instituto Adolfo Lutz suspendeu a coleta de exames e o diagnóstico é realizado agora pela pasta por critério clínico epidemiológico, quando o paciente apresenta febre e mais dois sintomas característicos ou mora perto de pessoas com resultado positivo de dengue. O surto de dengue atinge principalmente os bairros Monte Líbano, Recanto dos Pássaros, Toselar, João Crevelaro, São Brás, Costa Rica, Vila Brasil, Santo Antônio, Centro e Colinas, onde equipes de saúde realizaram nebulização nesta segunda-feira (16 de março).
Comunicação Prefeitura
Texto e foto: Rafael Lopes
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