“O diagnóstico do câncer [de mama] não é uma sentença de morte, mas uma convocação para a vida”. Essa foi a principal mensagem deixada por Denise Marinho e Beth Garcia, voluntárias do Grupo Amigas do Peito, associação sem fins lucrativos de Bauru (SP), em palestra ministrada nesta quinta-feira (29 de outubro) para dezenas de mulheres na UBS 6 (Unidade Básica de Saúde) do bairro Tijuca.
O evento, organizado por servidores da unidade, encerrou o Outubro Rosa, campanha criada com o objetivo de conscientizar as mulheres sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce da doença, por meio de exames periódicos. Desde o dia 6 deste mês, a Secretaria Municipal de Saúde promoveu diversas ações educativas sobre o tema nas UBSs e espaços comunitários.
AUTOEXAME
As palestrantes falaram sobre os fatores de risco e de proteção, os principais sinais e sintomas e as medidas para a detecção precoce do câncer de mama. Elas, que já tiveram a doença e hoje estão curadas, contaram suas histórias de luta contra a doença. Ambas destacaram também a importância das mulheres realizarem o autoexame todos os meses e a mamografia anualmente.
“Tive câncer duas vezes, a primeira há 14 anos e a segunda há seis anos. Nas duas vezes descobri os tumores por meio do autoexame. Por isso, é fundamental que as mulheres façam o autoexame todo o mês e exame clínico todos os anos, pois detectando a doença no início as chances de cura chegam a 100%”, disse Denise, que está com 42 anos e é autora do livro “Uma borboleta e os seus dois casulos”, onde ela conta sobre o diagnóstico, o tratamento e a mastectomia (retirada das mamas).
DOENÇA
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, sendo resultante da multiplicação de células anormais da mama que forma um tumor. Conforme o Inca (Instituto Nacional do Câncer), somente neste ano devem ser diagnosticados mais de 57 mil novos casos no País. O Ministério da Saúde recomenda que as mulheres de 50 a 69 anos façam a mamografia, disponível no SUS.
Não existe uma causa única para a doença. Ela está relacionada a fatores de risco ambientais/comportamentais, reprodutivos/hormonais e genéticos/hereditários. Os principais sinais e sintomas são: nódulo fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito; pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço; saída espontânea de líquido dos mamilos.
Por isso, é importante que as mulheres façam sempre o autoexame das mamas para identificar qualquer alteração. Segundo o Inca, estima-se que 30% dos casos de câncer de mama possam ser evitados quando são adotadas práticas de saúde saudáveis como: praticar atividades físicas, alimentar-se de forma equilibrada, manter o preso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e amamentar o filho recém-nascido.
Comunicação Prefeitura
Texto e fotos: Rafael Lopes
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