A Prefeitura de Birigui está em busca de voluntários para uma força-tarefa comunitária de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e do zika vírus, este último apontado como responsável pelo aumento do número de bebês com microcefalia que tem sido registrado no País desde o fim do ano passado.

A ideia é capacitar 300 voluntários para atuarem aos finais de semana visitando imóveis para eliminar focos de proliferação do mosquito e orientar o biriguiense sobre a importância de ele manter uma vigilância diária no próprio quintal. A ação será realizada em conjunto com os agentes comunitários de saúde.

O mutirão, que servirá como reforço aos trabalhos promovidos semanalmente pela Prefeitura, está previsto para começar a partir de fevereiro, durando até junho. A proposta foi apresentada na noite desta quarta-feira (27 de janeiro) em reunião realizada pelas secretarias de Saúde e Segurança Pública com a sociedade civil organizada.

“Entregamos quase 200 convites, mas, infelizmente, tivemos pouca adesão. Porém, vamos atrás das entidades e igrejas para cadastrarmos voluntários. O controle da dengue é responsabilidade de todos nós, não apenas do poder público. Por isso, queremos engajar todos os segmentos da sociedade nesta ação”, afirmou a secretária de Saúde, Andrea Benvenuta Antonio.

Participaram do encontro representantes da Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros, Diretoria Regional de Ensino, Sesi, Fateb, Maçonaria Paz e Progresso, Rotary XIX de Abril, Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Birigui, Renovação Carismática, 9ª Igreja do Evangelho Quadrangular, Congregação Cristã, além de secretários municipais.

MOBILIZAÇÃO

A diretora da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de Araçatuba, Clélia Moreira Martinelli, lembrou que a mobilização proposta por Birigui está acontecendo a nível nacional. “Não estamos mais combatendo apenas a dengue, mas o vetor que transmite também o zika vírus, que está associado aos casos de microcefalia. Estamos falando do futuro da nossa nova geração”, destacou.

“Por isso, esperamos que os biriguienses sejam voluntários e multiplicadores do conhecimento para que esta luta contra o mosquito seja efetiva. Não existe outro meio de acabar com o Aedes aegypti a não ser a prevenção. A obrigação de olhar o quintal diariamente é da população”, completou a diretora da Sucen, durante a reunião.

A secretária de Saúde disse ainda que a “situação da dengue no município é crítica, pois diariamente nossos agentes encontram criadouros com larvas nas residências e em indústrias, e novos casos da doença são notificados. O que compete ao poder público está sendo feito, porém, notamos que a população continua despreocupada com seu quintal”, afirmou Andrea.

Comunicação Prefeitura

Texto e fotos: Rafael Lopes