A partir do dia 1º de fevereiro, a Secretaria Municipal de Saúde de Birigui vai intensificar os trabalhos de vistoria casa a casa realizados diariamente pelos agentes comunitários de saúde para a promoção das ações educativas e preventivas contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e do zika vírus. A novidade será o apoio da Guarda Civil Municipal.

“A presença dos guardas vai ser fundamental para a vistoria nos imóveis onde o morador não permite a entrada do agente. Esse trabalho em conjunto visa fortalecer a ação de combate ao mosquito transmissor das doenças, principalmente nas regiões epidêmicas”, explicou a enfermeira coordenadora da ESF (Estratégia de Saúde da Família), Layane Nayara Requenha.

Nesta intensificação dos trabalhos, os agentes comunitários de saúde vão percorrer casas e estabelecimentos comerciais para reforçar a orientação aos moradores, além de recolher materiais de pequeno porte que podem servir de criadouros para a proliferação do mosquito, como recipientes, vasilhames, garrafas pets, entre outros.

A coordenadora adiantou também que os agentes comunitários de saúde vão passar a atuar aos sábados. “O objetivo é visitar as casas que encontram-se fechadas durante a semana. Todas as atividades serão direcionadas com apoio do CCVZ (Centro de Controle de Vetores e Zoonoses) que definirá os pontos prioritários a serem percorridos”, completou Layane.

Paralelamente a isso, os agentes de combate a endemias continuarão fazendo uma varredura nas áreas com casos positivos de dengue, com bloqueios para eliminar eventuais focos do mosquito e aplicação de inseticida. A Secretaria de Saúde contará ainda com o apoio do Corpo de Bombeiros, que fará a vistoria em locais de difícil acesso, como as calhas dos imóveis.

VOLUNTÁRIOS

Mesmo com a intensificação dos trabalhos dos agentes, a secretária de Saúde, Andrea Benvenuta Antonio, ressalta que a pasta precisa, urgentemente, de voluntários para ajudar na luta contra os Aedes aegypti. “Vamos atrás dos órgãos sindicais, entidades, associações e instituições religiosas para fortalecermos essa prevenção, pois o controle do mosquito não depende apenas do poder público”, afirmou.

Do dia 1º a 25 de janeiro o município já registrou 106 casos positivos da doença num total de 578 notificações. No ano passado, a cidade viveu uma epidemia com mais de 4,4 mil casos confirmados e seis mortes. Ainda há notificações de 2015 em aberto. Até o momento, não há registros de zika vírus e chikungunya. O Liraa (Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti) realizado na primeira quinzena de outubro de 2015 em 2.029 imóveis teve como resultado o índice de 2,1%.

“Estamos trabalhando permanentemente para controlar a doença, conforme o nosso plano de ação aprovado pelo Estado. Mas, precisamos também que a população nos ajude, separando 10 minutos diariamente para vistoriar a própria casa. São medidas simples que contribuem para acabar com a proliferação do mosquito e salvar vidas, pois, além da dengue, agora temos casos de microcefalia em bebês associado ao zika vírus”, lembrou Andrea.

Comunicação Prefeitura

Texto e foto: Rafael Lopes