29/02/2016
Centro de Castração da Prefeitura de Birigui já realizou mais de 170 cirurgias em cães e gatos

O Centro de Castração de Cães e Gatos da Prefeitura de Birigui realizou mais de 170 cirurgias desde que foi inaugurado, em junho de 2015. Conforme balanço divulgado pelo CCVZ (Centro de Controle de Vetores e Zoonoses), até janeiro deste ano foram castrados 19 cachorros e 156 gatos, entre machos e fêmeas.

O serviço é inédito no setor público municipal e oferecido sem nenhum custo. É destinado aos bichos de estimação inseridos no programa de adoção do Canil Municipal, adotados das associações protetoras e de famílias carentes. O procedimento ainda não é oferecido à população em geral. As cirurgias são realizadas as terças, quartas e quintas-feiras.

Quem se enquadra nos perfis acima pode solicitar a castração no CCVZ, pelo telefone (18) 3643-6233. “O munícipe que adotou seu animal em alguma entidade protetora deve apresentar o comprovante de adoção. No caso de famílias carentes, realizamos uma visita técnica para confirmar a real necessidade”, explicou a veterinária do órgão Rafaela de Souza Stuchi.

Promover o controle de natalidade dos animais e a transmissão de zoonoses aos humanos são os principais objetivos do programa de castração do município. O Centro de Castração funciona em espaço anexo ao Canil Municipal, no bairro Cidade Jardim, e conta com três salas: de cirurgia, pós-operatório e de lavagem e esterilização dos materiais cirúrgicos.

BENEFÍCIOS

A veterinária destacou que a castração nas fêmeas diminui o risco de tumores de mamas, útero e ovários; elimina a gravidez psicológica e leva à ausência do cio. Nos machos, diminui a existência de tumores de testículos e próstata, e geralmente leva o animal a ter um comportamento mais dócil. Além disso, evita a perpetuação de doenças genéticas, como a epilepsia e catarata juvenil.

“O controle populacional dos caninos e felinos reduz o número de animais errantes (abandonados). Consequentemente, há também um relevante controle da transmissão de zoonoses, ou seja, de doenças que são transmitidas dos animais aos seres humanos, como a leishmaniose, raiva, tuberculose, brucelose e toxoplasmose”, completou Rafaela, ao falar dos benefícios em relação à saúde pública.

LEISHMANIOSE

Conforme o CCVZ, 344 cães com leishmaniose, confirmados por exame, foram sacrificados em 2015. Os principais sintomas da doença são: descamação seca e lesão de pele, queda de pelos, febre, emagrecimento, anemia, crescimento exagerado das unhas e sangramento pelo corpo. Não há tratamento específico para os animais, sendo a eutanásia a forma de prevenção.

Em humanos, os sintomas são: febre, emagrecimento, tosse seca, anemia, aumento do fígado e do baço, úlceras na pele e nas mucosas das vias aéreas. Segundo a Vigilância Epidemiológica, no ano passado cinco pessoas contrariam a leishmaniose visceral e seis a tegumentar, sem óbitos. Neste ano não há registros da doença. O tratamento é realizado gratuitamente pela rede municipal de saúde.

O transmissor da leishmaniose, o Lutzomia longipalpis, também conhecido como mosquito-palha, desenvolve em locais com acúmulo de matéria orgânica, como folhas, flores, frutas e até mesmo em restos de comida e fezes dos animais. “Por isso, o controle dos cães doentes apenas não basta. A população precisa ter consciência dos riscos que a doença apresenta e eliminar o vetor, mantendo os quintais constantemente limpos”, afirmou Rafaela.

PREVENÇÃO

Várias ações de controle e prevenção ao mosquito-palha são realizadas durante todo o ano pela Secretaria de Saúde. Durante as visitas casa a casa, os agentes comunitários de saúde e de combate a endemias vistoriam os quintais e orientam os moradores sobre os cuidados com o vetor. O CCVZ faz o inquérito sorológico censitário para diagnóstico da doença em cães, o qual é realizado em áreas preestabelecidas, de acordo com a existência de focos positivos em humanos. Além disso, o órgão promove atividades educativas nas escolas abordando o assunto.

 

Comunicação Prefeitura

Texto e foto: Rafael Lopes

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