30/05/2011
Retirada de Órgãos e Tecidos para Doação

A cirurgia ocorreu na madrugada do dia 20 de maio de 2011, no Centro Cirúrgico do hospital. A equipe responsável pela retirada dos órgãos é originária da cidade de Botucatu, representada pelos médicos Dr. Juan Carlos Llanos, Dr. Leonardo Pelapsky, Dr. Rodrigo Severo C. Pereira e a instrumentadora Silvia Helena Ramos, ainda participaram desta cirurgia o anestesista da Santa Casa de Birigui Dr. Marcos Antônio Pereira Del Bianco, a Enfermeira responsável pelo Centro Cirúrgico Ana Paula dos Santos Silva e sua equipe.


A paciente estava internada com falência cerebral na UTI da Santa Casa de Birigui e sua família decidiu pela doação dos órgãos. Os órgãos retirados pela equipe de Botucatu foram: Fígado, Pâncreas, Rim Bilateral e Baço.


As córneas foram retiradas pelo Enfermeiro Marcos Moraes, Técnico do Banco de Olhos de São José do Rio Preto. Esta foi a primeira vez que a Santa Casa de Birigui realizou uma cirurgia para a retirada de órgãos que serão destinados à pessoas que estão na fila de transplantes de órgãos, vale ressaltar que doar órgãos é uma decisão que pode salvar diversas vidas.


Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada, após a constatação da morte encefálica. Neste quadro, não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável.


Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem ajuda de aparelhos. O processo de retirada dos órgãos pode ser acompanhado por um médico de confiança da família. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados enquanto há circulação sanguínea para irrigá-los, pois se o coração parar, somente as córneas poderão ser aproveitadas.


Quando um doador efetivo é reconhecido, as centrais de transplantes das secretarias estaduais de saúde são comunicadas. Apenas elas têm acesso aos cadastros técnicos de pessoas que estão na fila. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade com o doador. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a ser beneficiado. As centrais controlam todo o processo, coibindo o comércio ilegal de órgãos.

Para ser doador é preciso:

  • Ter identificação e registro hospitalar;

  • Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;

  • Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;

  • Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;

  • Submeter o paciente a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;

  • Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou pouco debilitadas.


Observação: Após diagnosticadas a morte encefálica, o médico do paciente, da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante.


Tempo de Isquemia Fria e viabilidade até o transplante

Córneas – retiradas do doador até 6 horas depois da parada cardíaca e viáveis por 7 dias até o transplante

Válvulas Cardíacas – retiradas do doador até 16 horas após a parada cardíaca e viáveis por 5 anos até o transplante

Coração – retirado do doador antes da parada cardíaca e viáveis por 4 horas até o transplante

Pulmão – retirados do doador antes da parada cardíaca e viáveis por até 4 horas até o transplante.

Rins – retirados do doador antes da parada cardíaca e viáveis por 24 horas até o transplante.

Fígado – retirado do doador antes da parada cardíaca e viáveis por 18 horas até o transplante.

Pâncreas – retirado do doador antes da parada cardíaca e viáveis por 12 horas até o transplante.

Ossos – retirados do doador até 12 horas depois da parada cardíaca e viáveis por 5 anos até o transplante.

Medula Óssea – se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue. Doação inter-vivo.

Pele – retirada do doador até 12 horas depois da parada cardíaca e viáveis por 5 anos até o transplante.

 

Colaboração / Mônica Gasparini - Comunicação Santa Casa.

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