A Prefeitura de Birigui e a Fundação Pio XII – Hospital do Câncer de Barretos renovaram nesta terça-feira, dia 28 de março, o convênio de parceria para prevenção do câncer de colo de útero. O prefeito Cristiano Salmeirão recebeu em seu gabinete o representante do Hospital do Câncer de Barretos, Dr. Marcelo Almeida, que é o coordenador de prevenção do câncer de colo do útero da fundação.
Além do chefe do Executivo e do médico do Hospital do Câncer de Barretos, o encontro que celebrou a renovação do convênio reuniu ainda a secretária municipal adjunta de Saúde, Sandra Mari Lourenço Machado, a Diretora da Assistência Jurídica da Secretaria de Saúde de Birigui, Drª Caroline Mestriner, e a enfermeira do ambulatório do programa Saúde da Mulher, Deise Ugino Tangoda.
“Mantemos este convênio com 104 MUNICÍPIOS dos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais. As coletas em Birigui são enviadas para Barretos, que oferece gratuitamente a leitura dos exames citopatológicos. Apenas 31 destes municípios, incluindo Birigui, utilizam o método Base Líquida”, explicou Dr. Marcelo Almeida.
Em 2016, Birigui encaminhou para o Hospital de Câncer de Barretos cerca de 7 mil exames colpocitológicos, sendo que 66 usuárias foram convocadas para realizarem colposcopia (exame complementar, realizado quando ocorre alguns tipos de alterações no exame preventivo). A meta para 2017 é encaminhar aproximadamente 13 mil exames para Barretos.
“Existem vários estágios de alterações. As mais simples são acompanhadas somente por Birigui e, quando passam a apresentar complicações, são acompanhadas em Barretos. A maioria dos casos encaminhados não são diagnosticados como câncer, mas sim alterações que podem ou não evoluir para o câncer. O tipo da alteração é que determina o tempo de acompanhamento por Barretos e a alta para o acompanhamento pelo município”, explicou a enfermeira Deise Tangoda.
A Prefeitura de Birigui e o Hospital do Câncer de Barretos mantêm convênio desde 2009. Em 2014 a Prefeitura de Birigui passou a utilizar a Base Líquida (em lugar dos tradicionais esfregaços em lâminas de vidro). Esse procedimento, que não tem custo adicional, permite a homogeneização do preparo técnico das lâminas e possibilita, quando necessário, a inclusão de outros testes diagnósticos. A coleta não difere da tradicional, mas é necessário que a amostra seja acondicionada em meio fixador específico.
ENTENDA
O colo do útero é a porção inferior do útero onde se encontra a abertura do órgão, localizando-se no fundo da vagina. O colo do útero separa os órgãos internos e externos da genitália feminina estando mais exposto ao risco de doenças e alterações relacionadas ao ato sexual.
As células que compõem o colo uterino podem sofrer agressões responsáveis por desencadear diversas alterações que a longo prazo podem produzir o câncer do colo do útero. O principal fator agressor relacionado a esse tipo de câncer é a infecção local pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano). A transmissão do HPV se dá principalmente pela via sexual sendo considerada a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum nos dias atuais.
De uma forma geral, são necessários vários anos entre a infecção inicial pelo HPV e o desenvolvimento do câncer sendo que apenas uma pequena parcela das mulheres portadoras do vírus irá desenvolver o câncer do colo do útero.
A infecção pelo HPV poderá causar alterações no colo do útero (conhecidas como lesões precursoras ou NIC de alto grau) que precedem o surgimento do câncer propriamente dito e só podem ser identificadas através da realização periódica do exame preventivo (Papanicolaou).
Comunicação Prefeitura
Texto e fotos: Tiago Lotto
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