Servidores e usuários dos serviços da rede socioassistencial de Birigui participaram, na manhã desta quinta-feira (28 de setembro), de uma passeata na região central da cidade contra o corte drástico no orçamento da assistência social previsto para 2018, a nível federal, e em defesa do SUAS (Sistema Único de Assistência Social).

O ato foi organizado pelo CMAS (Conselho Municipal de Assistência Social). Marcaram presença os Cras (Centros de Referência de Assistência Social) 1,2 e 3; Centro POP; Centro Dia Idoso; Comude (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência), além de organizações da sociedade civil – Apae, Pró-Criança, Ipis e Apac.

“Não ao desmonte do SUAS”, “Lutamos pela garantia de direitos dos usuários”, “Não vamos deixar que acabem com o SUAS”, “O CMAS manifesta posição contrária ao orçamento previsto para a assistência social e reivindica a sua plena recomposição”, foram alguns dos dizeres escritos em cartazes levados pelos participantes na manifestação.

A conselheira do CMAS Mariany Cristina Barbosa afirmou que o corte no orçamento poderá prejudicar o andamento dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais que são mantidos por recursos federais e executados no município em benefício à população que vive em situação de pobreza, extrema pobreza e de desproteção social.

“Hoje nos reunimos nesse ato para garantir e defender os direitos dos nossos usuários e da nossa assistência social. As mudanças na previsão orçamentária do SUAS poderão impactar diretamente no atendimento à população usuária. Precisamos avançar e não retroceder nas conquistas do SUAS ao longo de seus pouco mais de dez anos”, disse Mariany

DIA D

A passeata aconteceu no dia “D de Mobilização Nacional” convocada pelo Congemas (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social). O Ministério do Planejamento, ao aplicar a PEC do Gasto Público, fixou em R$ 900 milhões o orçamento para a Assistência Social. Mas, segundo o colegiado, o orçamento definido até o momento é de apenas R$ 78 bilhões.

Em carta aberta divulgada aos municípios, o Congemas ainda destaca o anúncio de corte do orçamento do programa Bolsa Família para o ano que vem, de 11,8%, e que para a manutenção das unidades da rede socioassistencial, como Cras, Creas e Centro POP, são necessários no mínimo R$ 2,75 bilhões/ano, conforme proposta aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social.

Comunicação Prefeitura

Texto e fotos: Rafael Lopes