Visando promover a alimentação saudável e a prevenção da obesidade infantil, o Centro de Educação Infantil (CEI) Dona Enriqueta Terence desenvolve um projeto sobre educação alimentar que está sendo monitorado pelo MEC (Ministério da Educação). Denominada Jornada de Educação Alimentar e Nutricional, a ação atende 240 crianças de 4 meses até 6 anos de idade.

O projeto teve início em maio deste ano e está sendo desenvolvido em parceria com duas nutricionistas da Cozinha Piloto, setor responsável pela produção diária das refeições das unidades escolares mantidas pela Prefeitura de Birigui.

Além de atender os alunos, o projeto envolve os pais, já que palestras e orientações sobre uma alimentação saudável e a prevenção da obesidade infantil são constantes no CEI.

“Os alunos precisam muito de uma alimentação de qualidade, principalmente para o desempenho escolar”, afirma a diretora do CEI Enriqueta Terence, Ana Sampaio. “O projeto virou rotina das crianças dentro da escola. A meta é fazer com que seja uma rotina dentro de suas casas”, disse a diretora.

A “Jornada” vai tratar seis temas, considerados pelo MEC como seis etapas: Alimentação complementar e Prevenção da obesidade infantil; Alimentos regionais brasileiros; Prevenção e redução de perdas e desperdícios de alimentos; Horta escolar pedagógica; Agricultura familiar na escola e Atividades lúdicas para o desenvolvimento social e relacionado ao ato de comer.

Uma das ações práticas do projeto é fazer com que o aluno faça seu prato, pegando aquilo que realmente irá comer. “Montamos um painel no refeitório com uma ‘classificação’ por pesagem. A comida desperdiçada por cada aluno é pesada e somada, com isso temos um controle de cada sala. De 15 em 15 dias oferecemos um piquenique saudável para a sala que menos desperdiçou comida”, explicou a diretora Ana Sampaio.

O projeto envolve 16 profissionais do CEI, entre professores, direção e servidores, além das nutricionistas Juliana Oliveira de Barros e Adriana Jorge Zuccolotto, que atuam na Cozinha Piloto de Birigui.

HORTA – Outra ação prática do projeto é a produção e manutenção da Horta escolar pedagógica. Alface, couve, cheiro verde, beterraba, cenoura, espinafre, entre outros são produzidos na horta do CEI. O que é produzido na horta é consumido na escola, além de proporcionar que os pais levem as hortaliças para suas residências.

Outro fator importante desenvolvido no projeto é que as crianças não jogam no lixo as cascas dos legumes, das frutas, restos de vegetais e demais resíduos orgânicos, promovendo a compostagem.

“Fazemos a chamada ‘reciclagem’ do lixo orgânico, pois esse adubo gerado pode ser usado na agricultura, jardins e plantas. Usamos o composto orgânico produzido com o material que iria para o lixo em nossa horta”, frisou a diretora da unidade escolar. Profissionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentado são parceiros da escola na ação da compostagem.

Os alunos também são os responsáveis por regarem a horta, promover sua manutenção e realizar a colheita dos materiais que serão consumidos. Relatórios e fotos, com resumo das atividades desenvolvidas, são enviados mensalmente ao MEC pela direção do CEI.

Recentemente, em visita ao CEI, o prefeito Cristiano Salmeirão elogiou o projeto. “Uma alimentação saudável é essencial para uma boa educação. Vamos estudar implantar esse projeto em todas as unidades de ensino mantidas pela Prefeitura de Birigui. Parabéns a equipe do Enriqueta que desenvolve esse trabalho na escola”, comentou o chefe do Executivo.

Obesidade/sedentarismo

Consumo precoce e excessivo de alimentos industrializados, mais tempo em frente de computadores, celulares e televisão e menos tempo de brincadeiras aeróbicas ao ar livre são hábitos que têm elevado os riscos e os índices de obesidade infantil.

A obesidade já é considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma epidemia que acomete pessoas em todo o mundo. O aumento crescente da incidência é um desafio para a saúde pública e tem exigido ações de controle, prevenção e combate desde os primeiros anos de vida.

A obesidade quando manifestada na infância, na maioria das vezes, tende a persistir durante toda a vida adulta, agravando o problema ao longo do tempo.

“Por isso tratamos com muita importância as ações de prevenção e promoção à saúde. Sabe-se que a obesidade traz consigo várias outras doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e demais agravantes. E quando estas doenças se manifestam na infância, o risco de mortalidade aumenta gradativamente”, explicou a diretora Ana Sampaio, que passou por um processo de mudança em seus hábitos alimentares.

Ana pesava 105 quilos e levava uma vida sedentária. Enfrentava o diabetes, o colesterol alto (aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares) e fortes dores nos joelhos.

Com muita força de vontade e determinação, Ana perdeu 35 quilos. Exercícios físicos e uma boa alimentação fazem parte de sua rotina diária. Com 70 quilos, o colesterol e a diabetes estão controlados. A dor nos joelhos não existe mais.

“Melhorou tudo em minha vida. Tenho mais disposição, mais agilidade, mais vontade de realizar as tarefas diárias”, frisou ela, que agora incentiva amigas e pais de alunos a praticarem ações que incluam boa alimentação e exercícios físicos.

Comunicação Prefeitura

Texto: Tiago Lotto

Fotos: Tiago Mariano