A programação cultural do Natal Iluminado 2019 termina na próxima segunda-feira, dia 23 de dezembro, com show musical da Banda Tropicadelia.
A apresentação, aberta ao público, será na Praça Dr. Gama. As atrações na praça começam às 19h30. As luzes de enfeitos natalinos começarão a ser desmontadas somente no dia 6 de janeiro. Primeiro serão retiradas dos bairros e, por último, na Praça Dr. Gama.
A Tropicadelia foi fundada no final de 2016 em Araçatuba, por Fernando Patrocínio (vocal/guitarra), Eduardo Martinez (baixo/voz) e Renan Augusto Dias (bateria/voz).
O objetivo do projeto era, inicialmente, trazer para um formato power trio de rock músicas brasileiras dos anos 70, com uma tendência para tropicália e psicodelia (como o nome da banda sugere).
Logo nos primeiros shows a intensidade do som do trio já ficou evidente pela resposta do público nas apresentações e pela sintonia dos integrantes no palco, com versões marcantes e improvisos tão naturais quanto desafiadores.
Com o tempo e bagagem adquiridos em cada apresentação, novas influências surgiram. Ao lado de Caetano, Chico, Gil, Novos Baianos, apareceram no repertório O Terno, Maglore, Baiana System e outros nomes contemporâneos que dialogam com o som inicial dos medalhões homenageados inicialmente.
No entanto, mesmo com a pluralidade do setlist, os justos tributos aos artistas brasileiros não eram o suficiente pra Tropicadelia, que naturalmente começou a investir em um repertório próprio.
O primeiro single, “Primeiramente”, foi lançado em agosto de 2018 em todas as plataformas de streaming. Desde então a música é presença certa nos shows da banda e com o refrão na ponta da língua do público fiel. O caráter político da letra também se tornou uma constante na carreira do trio.
O primeiro EP da banda está em fase de preparação prestes a entrar em estúdio. O lançamento será pelo Selo Curva, de Birigui. O conceito do trabalho é um novo “pensar tropicadélico”. Nos vários palcos por onde passou, a banda notou o potencial dançante das versões que faziam ao vivo e apostou nisso, somado a referência inicial de rock + música brasileira. Três anos depois, esse formato ainda vale, mas com uma mudança de sentimento.
Pode-se dizer que os caminhos da sociedade contemporânea comprometeram o colorido inicial. Não, a Tropicadelia não se tornou uma banda amarga e imersa em uma bad trip, mas trouxe uma reflexão pra si. Há muito pra lutar, mas como disse o escritor Lira Neto sobre como viver nessa maré de obscurantismo: “...(devemos) Cultivar subversiva alegria. Contra a pulsão da morte, só a anarquia da felicidade”. Cante, dance, aprenda e lute. Os tempos atuais pedem isso e a Tropicadelia promove essa ideia.
Prefeitura de Birigui
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